Escala historica do desenvolvimento sustentavel
Preocupações com o processo de desenvolvimento e a degradação do meio ambiente sempre existiram ao longo da história da humanidade. Apesar dos recursos naturais terem sido considerados infinitos por grande parte dos "propulsores do desenvolvimento" vários pensadores perceberam o conflito entre progresso e meio ambiente. No Brasil, entre 1786 e 1898, "existiu uma reflexão profunda e consistente sobre o problema da destruição do ambiente natural por parte de vários pensadores", conforme a extensa pesquisa de José Augusto Pádua (Um Sopro de Destruição. Pensamento Político e Critíca Ambiental no BrasilEescravagista (1786-1888); Zahar Edt. 2002.).
A posição de José Bonifácio de Andrada e Silva, patriarca da independência, é emblemática na denúncia da caça à baleia Franca no litoral brasileiro. Ele publica, pela Academia Real das Ciências de Lisboa, em 1779, um relatório apontando a crueldade e a destruição daquela espécie. Joaquim Nabuco, Euclides da Cunha, Manoel de Araújo Porto Alegre também não ignoravam a questão ambiental. Outros importantes pensadores brasileiros, mas de menor divulgação, como: Alexandre Rodrigues Ferreira (1756-1815), na Amazônia; Manoel Arruda da Câmara (1752-1811), em Pernambuco; Baltazar da Silva Lisboa (1761-1849); Manuel Ferreira da Câmara Bittencourt e Sá (1761-1835), na Bahia e José Gregório de Morais Navarro e José Vieira Couto (1752-1827), em Minas Gerais. Além destes pensadores, fazendeiros, juízes, senadores e jornalista deixaram registradas suas preocupações com o que hoje denominamos esgotamento ambiental e conseqüentemente, a sustentabilidade. Entretanto, somente no terço final do século XX, a doutrina do desenvolvimento sustentável e sua definição, foram criadas. O termo passa a ser formalmente utilizado no Relatório Brundtland - Nosso