Erro de medicação
Introdução
Os medicamentos, há séculos, vêm sendo utilizados com a intenção de aliviar, combater a dor ou curar doenças; no entanto, estudos, ao longo dos últimos anos, têm evidenciado a presença de erros no tratamento medicamentoso recebido pelos pacientes. Muitos desses erros podem não trazer conseqüências ou complicações sérias aos pacientes, mas outros podem contribuir para aumentar sua estadia hospitalar, deixar seqüelas ou até mesmo levá-los à morte.
Os erros de medicação são considerados eventos adversos ao medicamento passíveis de prevenção, com possibilidade de ocorrer em um ou em vários momentos dentro do processo de medicação, desde a prescrição até a administração de medicamentos.
Qualquer evento evitável que pode causar ou induzir ao uso inapropriado de medicamento ou prejudicar o paciente enquanto o medicamento está sob o controle do profissional de saúde, paciente ou consumidor. Tais eventos podem estar relacionados à prática profissional, produtos de cuidado de saúde, procedimentos, e sistemas, incluindo prescrição; comunicação; etiquetação, embalagem e nomenclatura; aviamento; dispensação; distribuição; administração; educação; monitoramento e uso.
Este tipo de erro vem representando uma triste realidade para os pacientes, profissionais e instituições hospitalares, pois suas conseqüências repercutem nos indicadores de qualidade da assistência à saúde.
Os erros de medicação trazem também sérias conseqüências econômicas às instituições de saúde. Estima-se um gasto alto por evento adverso de medicamento .
Considerando que cerca de 30% dos danos durante a hospitalização, estão associados a um erro de medicação, torna-se imprescindível a busca contínua por ações que minimizem este risco.
Estudos sobre a incidência de erros de medicação e a busca por maior segurança no processo de distribuição e administração dos mesmos, nos EUA, tiveram início na década de 50. Entretanto, no Brasil, somente na década de