Ergonomia
O motorista trabalha em postura sentada, o que por si só coloca a coluna vertebral em uma posição anormal, pois reduz a curvatura lombar, comprimindo os discos intervertebrais.
Segundo Knoplich (1986), quem mantém uma postura sentada incorreta, por tempo prolongado faz com que haja tensão muscular, e diminuição da circulação de oxigênio, resultando em dor, sensação de cansaço muscular e o aparecimento de patologias como a fibromialgia.
Segundo Gava (2001), a poltrona do motorista de ônibus deve ser anatômica, regulável, acolchoada com suspensão e amortecimento hidráulico ou similar e estar posicionada de acordo com o volante, os pedais, painéis e pára-brisa; o assento deve ter largura entre 40cm e 50cm e profundidade entre 38cm e 45cm. A distância entre o encosto e o centro do volante deve estar entre 54cm e 70cm.
IIDA et al , em 1975, concluíram que as condições de trabalho do motorista de ônibus no Brasil estavam entre as piores. ”O estudo mostrou que a cadeira é dura e desconfortável produzindo efeitos negativos na coluna vertebral. A visibilidade durante a noite é prejudicada pela primeira luminária do salão, que provoca reflexos no pára-brisa. O painel, devido à experiência, é pouco consultado e tem sua visibilidade prejudicada pelo brilho das peças cromadas ou por reflexo da luz nos vidros dos mostradores. Os controles (luminosos e de portas) são de difícil acesso. A alavanca de mudança de marcha é de difícil manejo, o que contribui para aumentar o cansaço. O aro do volante é mal dimensionado e mal posicionado, e sua barra deveria ser ajustável à altura do motorista. Os retrovisores são mal dimensionados”.
O trabalho do motorista exige uma grande quantidade de tarefas que são executadas simultaneamente. As principais tarefas realizadas na condução de um veículo (ônibus) são: frear, acelerar, olhar os sinais, abrir e fechar as portas, controlar os mostradores, acionar botões, olhar os retrovisores e controlar o