Ergonomia e segurança do trabalho
A evolução do pensamento na área da segurança A evolução da saúde ocupacional acompanha o desenvolvimento e a compreensão do conceito genérico de saúde e de saúde pública. Foram os romanos os primeiros a estabelecer a relação entre o trabalho e as doenças. Plínio mencionou algumas doenças mais comuns entre os escravos e a utilização, pelos refinadores de mínio, de membranas de pele e de bexiga como máscaras; Marcial registrou doenças específicas dos que trabalhavam com enxofre; Juvenal percebeu as veias varicosas dos augures e as doenças dos ferreiros; Lucrécio referiu-se à dura sorte dos mineradores de ouro e Galeno de Pérgamo relatou experiência realizada a respeito dos riscos dos mineiros, quando visitou as minas de sulfato de cobre na ilha de Chipre. Escritos como o tratado sobre mineração (em 1556, de Georg Agrícola)-fundição de prata e ouro (atualsilicose); a monografia de Hohenheim publicada em 1567, sobre tratamento e prevenção para as doenças das juntas, pulmão,olhos e intoxicação com mercúrio (alemão mais conhecido como Paracelso); o livro do italiano Ramazzini intitulado “As Doenças dos Trabalhadores”, de 1700; indicam o começo do pensamento para as futuras normas jurídicas de proteção à vida e à saúde dos trabalhadores. Com a Revolução Industrial e a supervalorização da máquina, os trabalhadores ficaram ainda mais abandonados as suas próprias sortes, de modo que eles mesmos deveriam zelar e se responsabilizar pela defesa do ambiente de trabalho. O abandono em que viviam gerou reações da opinião pública que acabaram por obter intervenção estatal, como, por exemplo, a primeira lei no campo da proteção do trabalhador, que foi publicada na Inglaterra e limitava a carga horária para os menores de 12 anos, proibia o trabalho noturno aos menores de 18 anos, estabelecia a idade mínima de 09 anos para o trabalho e um médico deveria atestar se o desenvolvimento físico da criança correspondia à sua idade cronológica. A falta de