Ergonomia e qualidade de vida
Ergonomia
Ao se estudar os princípios fundamentais de ergonomia, tornam-se possível compreender alguns aspectos que interferem diretamente no desenvolvimento das atividades laborais dos trabalhadores. Tais aspectos estão ligados a saúde do trabalhador, como também ao ambiente de trabalho e aos equipamentos utilizados para o desenvolvimento de suas funções. No caso dos ex-cortadores de cana-de-açúcar, as mudanças são perceptíveis principalmente pelo fato destes trabalhadores saírem de um ambiente insalubre com atividades totalmente exaustivas, e migrarem para um ambiente de maior higiene e segurança, desenvolvendo atividades de cunho mais intelectual. Segundo Másculo (2008) foi a partir da revolução industrial que a ergonomia surgiu como ciência do trabalho, a partir do momento em que os equipamentos bélicos se tornaram mais complexos, houve a necessidade do uso racional e estratégico dos recursos humanos para manipular tais equipamentos. Sendo assim, foi necessário adequar os recursos humanos para a produtividade de tais equipamentos. Sabe-se ainda, de acordo com Arantes, Menegon e Camarotto (2010), que a abordagem da situação de trabalho relacionada à ergonomia tem suas argüições a partir da consideração de duas abordagens, a abordagem e a abordagem situada. A abordagem clássica se classifica como experimental, pois, aplica os conhecimentos acerca do ser humano, obtidos em pesquisas de laboratório, na concepção de produtos e de situações de trabalho, e desconsidera as especificações de cada situação e a subjetividade dos atores (trabalhadores) envolvidos. Já a abordagem situada considera o trabalho como uma atividade contextualizada, está centrada na análise da atividade em situações reais de trabalho, singulares e socialmente situadas. Ademais, a abordagem situada é freqüentemente associada à Análise Ergonômica do Trabalho (AET), e apresenta uma metodologia própria de estudo das situações reais de trabalho, ao