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O UOL visitou três conjuntos habitacionais entregues, em três municípios diferentes da zona da mata alagoana, e ouviu diversas críticas dos moradores. Apesar de não esconderem que a vida nas novas casas é melhor que nas barracas montadas em acampamentos, os problemas estruturais do conjunto geram reclamações dos moradores, que pedem providências às autoridades.
Em São José da Laje, a 94 km de Maceió, as 166 primeiras casas foram entregues em um conjunto ainda incompleto. Apenas parte de uma das quatro grandes ruas está pavimentada. Os moradores também afirmam que o saneamento básico inexiste, e a água nas torneiras só chega a poucas casas.
Vivendo em uma residência de 41m² com mais oito pessoas, a dona de casa Cícera da Conceição, 40, não esconde a frustração com os problemas da nova moradia. “Logo quando entregaram a casa, a água estava nas torneiras. Tudo bonitinho. No outro dia, deixou de chegar e nunca mais voltou. Só chega água na torneira que fica do lado de fora da casa, duas vezes ao dia. Nos sábados e domingos, não chega água nenhuma vez”, disse a moradora, que não tem nenhum colchão e dorme com a família em papelões. A entrega das casas ocorreu no dia 20 de dezembro, com a presença do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
Outra moradora do conjunto recém-inaugurado, Josicleide Rosene, 26, também lamenta a falta de água encanada, que obriga as donas de casa a usarem um riacho poluído para lavar as roupas. Além disso, há problemas nos banheiros. “O vaso sanitário só vive entupido. Para descer a água da descarga, é preciso jogar uns 10 baldes de água toda noite”, afirmou, citando que o riacho também serve de lazer para as crianças, que tomam banho no local.
Em Branquinha, a 66 km de Maceió, as queixas pela falta de água encanada também