Ergonomia 1
Eliciane Maria da Silva (EESC/USP) eliciane@sc.usp.br
Fernando César Almada Santos (EESC/USP) almada@sc.usp.br
Cézar Maurício Pretto (SOGERGO) cmpretto.ez@terra.com.br
Resumo: O objetivo principal deste trabalho foi analisar, por meio da perspectiva de melhores práticas de produção, a contribuição das ações realizadas na área de segurança e saúde do trabalho, principalmente, àquelas relacionadas à ergonomia, sob a melhoria de indicadores de desempenho operacional e de negócio na indústria moveleira. Para tanto, desenvolveu-se um embasamento teórico a respeito dos temas principais desse estudo e realizou-se também, uma pesquisa empírica, consistindo-se de um estudo de caso, de caráter exploratório e longitudinal. No âmbito das melhores práticas, utilizou-se o método de benchmarking. Os resultados revelaram que as práticas adotadas estavam alinhadas aos objetivos de produção por meio da performance de qualidade. Ademais, as ações resultaram em uma melhoria no desempenho operacional, apresentado pelos índices de retrabalho, de acidentes de trabalho e acidentes com corpo estranho nos olhos. De forma indireta, houve uma melhoria da performance de negócio, mediante o indicador de crescimento das vendas.
Palavras-chave: Melhores prática; Melhoria de desempenho; Área de segurança e saúde do trabalho; Ergonomia.
1. Introdução
A indústria do mobiliário no Brasil apresenta um papel relevante sobre a cadeia produtiva de madeira. É um dos segmentos mais importantes da Indústria de Transformação, representando 1,4% das receitas brutas, cujo valor de produção foi de R$ 17 bilhões em 2005.
Ademais, esse setor tem destacada contribuição na geração de emprego, representando cerca
3,6% do total de trabalhos alocados sobre a produção industrial do país no ano de 2005, o equivalente a 227,6 mil empregos (RELATÓRIO SETORIAL DA INDÚSTRIA DE
MÓVEIS