Era uma vez
(O Ator entra com um livro nas mãos)
Ator: Era uma vez... De onde veio essas três palavrinhas? (Num outro tom) Era uma vez... Quem sabe daquela vovozinha que morava no campo, e fazia muito doce para os netinhos... (Imitando uma velha) Era uma vez... uma linda moça que tinha longas tranças, e morava em uma torre. Ou talvez os Irmãos Grimm... Era uma vez... uma jovem que tinha um sapatinho de cristal.
De onde veio não nos importa, mas o que importa, se alguém se importa, é a fantasia que acompanha essas três palavrinhas.
Podemos encontrar a Cinderela e sua fada-madrinha, a Branca de Neve e seus inseparáveis anões, sem contar nos maravilhosos mundos que só os contos de fadas pode nos oferecer.
O que seria das crianças sem esse tal de Era uma vez? Nem quero imaginar... falando em imaginar... O que seria do Era uma vez sem o famoso Faz-de-conta? Imagine uma colher ganhando vida. Imagine você se transformando em um príncipe encantado.
A criança é a única que não precisa se preocupar com as mortes do mundo, com as guerras, política e outras coisas que nos desgastam.
Eu não queria ser adulto!
Para que ser adulto? Para não ligar mais para a Chapeuzinho Vermelho? Para não querer ler, mas a Turma da Mônica? E o Faz o faz-de-conta? Quantos de nós “adultos” chegamos ao nosso ambiente de trabalho e exclamamos:
- Faz de conta que esse dia é muito divertido!
Quantas vezes empregamos Faz-de-conta em nosso vocabulário?
Deixamos a Alegria para trás? Lembrando de Maria Clara Machado, em uma grande frase que dizia assim: “Alegria, tristeza, choro e riso. Tudo se mistura nessa vida, e tudo acaba com a morte, sem sentido. É melhor rir então pois a tristeza já existe por natureza, e o riso mesmo sem sentido, dá mais alegria nessa vida.”
As crianças que estão certas... Pena que um dia elas também perderam essas relíquias que só a infância nos dá.
A relíquia do Era uma vez e do Faz-de-conta! Então... Hoje quero brincar de Faz-de-conta!