Epigenética

Epigenética e nutrição materna: natureza x nutrição
Rebecca Simmons
O desenvolvimento posterior de doenças como diabetes e obesidade tem sido associado à sobrenutrição e subnutrição durante a gravidez. Modificações Epigenéticas representam mecanismos pelos quais a exposição a um meio intrauterino alterado - ou a perturbações metabólicas- pode resultar em mudanças de longo prazo no fenótipo de um organismo. As Modificações Epigenéticas do genoma são capazes de permitir que uma expressão do gene se propagar estavelmente por várias gerações celulares. Esse artigo elucida nosso atual conhecimento sobre a regulação dos genes epigênicos e evidencia o quão fundamental é o papel da remodelação da cromatina e a modificação das histonas para a adipogênese e o desenvolvimento da obesidade. Modificações epigenéticas que afetam processos importantes como a regulação da glicose e a secreção de insulina foram descritas em células-beta do pâncreas e na musculatura de descendentes que tiveram restrição alimentar intrauterina, características essenciais para a patofisiologia da diabetes tipo 2. A regulação epigenética da expressão do gene contribui para a diferenciação e determinação de adipócitos em modelos in vitro. As contribuições da acetilação e metilação das histonas assim como a metilação do DNA no processo de adipogênese in vivo continuam a ser avaliadas.
Um link sobre o baixo peso ao nascer com o desenvolvimento tardio de doenças
É cada vez mais evidente que o ambiente uterino no qual se desenvolve o feto pode ter, em longo prazo, efeitos subsequentes em sua saúde e sobrevivência. Essa hipótese foi largamente confirmada por Ravelli e colegas após mostrarem que a coorte de 300 000 homens expostos, durante a primeira metade da vida fetal, à Fome Holandesa de 1944-1945 resultou em altas taxas de obesidade aos 19 anos de idade. Estudos subsequentes de homens ingleses demonstraram uma relação entre o baixo peso ao nascer e o desenvolvimento posterior de CVD (Doenças