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O critério da ética da convicção é geralmente usado para julgar as acções individuais, enquanto o critério da ética da responsabilidade se usa ordinariamente para julgar acções de grupo, ou praticadas por um indivíduo, mas em nome e por conta do próprio grupo, seja ele o povo, a nação, a Igreja, a classe, o partido etc. Poder-se-á também dizer, por outras palavras, que, à diferença entre moral e política, ou entre ética da convicção e ética da responsabilidade, corresponde também à diferente entre ética individual e ética de grupo."
"O partidário da ética da responsabilidade, contará com as fraquezas comuns dos homens (pois, como dizia muito precedentemente Fichte, não temos o direito de pressupor a bondade e a perfeição do homem) e entenderá que não pode lançar a ombros alheios as consequências previsíveis de suas próprias acções. Dirá, portanto, “essas consequências são imputáveis à minha própria acção”.
(Max Weber, Ética da convicção e ética da responsabilidade), "Não é possível conciliar a ética da convicção e a ética da responsabilidade, assim como não é possível, se jamais se fizer qualquer concessão ao princípio segundo o qual os fins justificam os meios, decretar, em nome da moral, qual o fim que justifica um meio determinado [...] Com efeito, todos esses objectivos que não se conseguem atingir a não ser através da actividade política – onde necessariamente se faz apelo a meios violentos e se acolhem os caminhos da ética da responsabilidade – colocam em perigo a “salvação da alma”.
Na ética da convicção seguimos valores ou princípios absolutos – tais como não matar, não roubar, não mentir. Neste caso, a intenção é sempre mais importante do que o resultado concreto das nossas ações. É a ética da moralidade do indivíduo. Mas a ética da responsabilidade, estabelecida por Maquiavel e aprimorada por Max Weber, leva em consideração as conseqüências dos atos dos agentes, geralmente políticos. É por isso que, em política,