Envelhecimento biológico: análise de alguns indicadores, em pessoas idosas e muito idosas
Em conseqüência das modificações que ocorrem em nosso organismo devido ao processo de senescência, os seres humanos começam, com o passar do tempo, a apresentar mudanças em seu fenótipo (características visíveis de um indivíduo, definidas pela expressão do seu genótipo ou patrimônio genético). Muitas dessas mudanças geram características típicas das pessoas idosas e podem ser consideradas como indicadores do processo biológico do envelhecimento.
Neste trabalho, é dada uma ênfase especial às alterações mais perceptíveis que ocorrem no organismo, devido ao processo de senescência. Um outro ponto que podemos ressaltar aqui é a grande variabilidade observada tanto no comportamento do declínio das funções de um órgão a outro do mesmo indivíduo, como também entre idosos da mesma idade. Isso porque o processo de senescência não é influenciado somente por fatores genéticos. De acordo com Neri (2001), o envelhecimento é uma experiência heterogênea, e desta forma, ele pode se dar de modo diferente para indivíduos diferentes que vivem em contextos históricos e sociais distintos.
Uma das alterações bem visíveis características dos idosos, se dá com relação a composição e forma do corpo. A estatura atinge seu pico máximo aos 40 anos, diminuindo um centímetro por década até os 70 anos, quando a redução é provavelmente maior. Esta perda se deve à diminuição dos arcos dos pés, aumento das curvaturas da coluna, além de um encurtamento da coluna vertebral devido ao achatamento das vértebras e redução nos discos intervertebrais. (Carvalho e Papaléo, 2006). A perda dos dentes, acarreta um encolhimento da parte inferior do rosto, de tal maneira que os lábios minguam e o nariz (que se alonga verticalmente por causa da atrofia de seus tecidos elásticos) aproxima-se do queixo.
Com o passar dos anos, o aparelho fonador vai se tornando menos eficiente e a voz humana naturalmente se reveste de