Entrevista Zygmunt Bauman
Bauman começou falando a respeito da herança que o século 20 nos deixou, o individualismo. Ocorreu a mudança de uma sociedade de produção para uma sociedade de consumo. Houve um processo de fragmentação da sociedade. O individualismo trouxe a busca pela própria identidade, em vez de existir um pensamento de comunidade ou de nação as pessoas passam a vida toda tentando redefinir sua identidade, pois, com o dinamismo atual, os estilos de vida, a maneira de pensar e de definir o que é bom ou não, mudam a todo momento.
Bauman tem dificuldade em dizer se essas mudanças são uma nova forma de vida ou se é um período de transição para uma nova ordem social.
O sociólogo, ainda ressaltou que existem duas questões que são irreversíveis – a interdependência mundial e o dilema ambiental.
Com respeito á democracia, Bauman diz que esta, esta em decadência. A democracia depende do poder do Estado para se manter e este vem oferecendo cada vez menos aos cidadãos, pondo em duvida a qualidade da democracia.
O sociólogo acredita que, as novas gerações devem criar uma nova democracia, que se adapte as necessidades e realidades de agora. Uma democracia global.
Bauman, falou também sobre os laços humanos, e que o conceito desses mudou muito, que antes não existia o conceito de rede e sim de laços humanos, de comunidade e que hoje as pessoas estão muito mais conectadas via internet do que pessoalmente.
O sociólogo encerrou a entrevista, abordando a tensão que existe entre segurança e liberdade, que na ausência de um desses valores não é possível se sentir feliz, porem esses valores se tornaram paradoxais, um diminui na proporção em que se tem mais do outro. Nunca haverá uma solução perfeita entre ambos os valores, assim como não há felicidade plena e nem uma receita para chegar até ela. O que existe é destino, que nos dá opções, e o caráter que