Relatório da Entrevista de Zygmunt Bauman
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Relatório da Entrevista de Zygmunt Bauman
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Modernidade Líquida
A modernidade líquida vem a partir da transformação do ser humano que é o que molda a
“nova regra”. Há processos para que o ser humano se torne o que ele é e com isso, molde as coisas a sua volta. Em entrevista, Zygmunt Bauman afirma que para um resgate da utopia é preciso que as pessoas tenham a forte sensação de que o mundo não está funcionando adequadamente e é preciso acreditar no potencial humano para um outro mundo ser possível, saber o que há de errado e o que precisa ser modificado.
Na era pré-moderna havia uma crença de que as coisas estavam no seu melhor estágio quando não estavam com reparos, que o mundo é um sistema divino em que cada criatura tem seu lugar legítimo e funcional e não há ninguém que tenha habilidades mentais suficientes para entender a sabedoria e harmonia da concepção de Deus. No mundo moderno, o discurso é de que cada um tem que fazer sua parte no mundo. Ele usa o exemplo do jardineiro, que conhece todos os tipos de plantas e sabe aquelas que são e não são desejáveis. Se hoje pregam o fim das utopias, isso significa que o pensamento do mundo moderno está sendo trocado pelo da era pré-moderna.
Usar o pensamento da era pré-moderna significa viver num mundo totalmente egoísta, onde cada um pensa somente em si (individualização) e na sua sobrevivência momentânea e não em cultivar para ele e outras pessoas terem mais no futuro. O discurso do mundo moderno traz harmonia. A ideia de progresso foi transferida da ideia de melhoria partilhada para a de sobrevivência do indivíduo. Mudamos guarda-roupa, mobiliário, papel de parede, o olhar, hábitos, tudo para se manter na corrida. Este tipo de coisa, quanto tentado uma vez, se transforma em compulsão, dependência e obsessão.
Uma das questões levantadas no texto e importantes para a reflexão é que mesmo que saibamos como fazer o mundo melhor, a grande dúvida é se há recursos e força suficientes