Entrevista Criminologica

A visão de um presidiário de Salvador analisada à luz da teoria da associação diferencial de Edwin Sutherland

BRENO GRAVATÁ
BRUNO PEREIRA
ALEX CORREIA
TASSIO
FERNANDES

1.

INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por finalidade elencar a entrevista realizada pelo Professor e
Criminólogo Ney Menezes com o preso Marcos Antônio do Carmo, vulgo
“Marquinhos Psicopata”, demonstrando a visão da prisão para o entrevistado e qual a sua função real. No transcorrer do artigo, foram abordados os conceitos iniciais da criminologia, que foram se consolidando através do tempo pelos pensadores, confirmando-se com as contribuições da Antropologia Criminal de Césare Lombroso e a Sociologia Criminal de Enrico Ferri.
No estudo do crime, procura-se demonstrar quais fatores que levam o preso a praticar o crime, onde foi observado que a maior parte dos presos possui histórico ligado falta de garantias fundamentais, tais quais a baixa escolaridade, inexistência de saneamento básico em seus bairros, ausência de assistência à saúde, inexistência de segurança, dificuldades em inserção no mercado de trabalho, preconceitos em razão de origem e raça, dentre outras.
Abordou-se também a teoria da associação diferencial de Edward Sutherland, questionando a sua validade para a criminologia, contrapondo a seletividade que existe no direito de punir, onde se pergunta qual o critério de seleção do sistema penal para aplicabilidade da pena.

Palavras Chaves: Criminologia, cesare lombroso, crime, teoria da associação diferencial. 2. Aspectos Fundamentais
O Estudo sobre o crime e suas consequências é feito deste muito tempo.

Noticia-se da história, pensadores que antes de Cristo já se preocupavam em estudar o crime, a exemplo de Isócrates (436-338 a.C), Protágoras (485-415 a.C),
Sócrates (470-399 a.C), Hipócrates (460-355 a.C) e muitos outros que contribuíram para a elaboração de uma ciência com tal objetivo. O surgimento da criminologia e de outras ciências afins se