Entrevista ao Otorrinolaringologista
2- A perda auditiva tem vários fatores, doenças sistêmicas, infecciosas endócrinas, genéticas, vasculares, por traumatismos como acidentes, e trauma acústico por ruídos.
3- Sim, ouvir música com ou sem fone de ouvido acima de 70 decibéis, por mais de uma hora, causa trauma acústico, que vai se somando com o tempo constante de exposição aos altos volumes. Com tanto barulho em excesso, o cérebro coordena o ouvido a diminuir sua elasticidade, bem com sua vascularização, diminuindo seu aporte sanguíneo e levando à anoxia, nos componentes do ouvido, causando um sofrimento interno, que resulta na morte ou degeneração das células que captam, podendo causar zumbidos ou barulhos contínuos, mesmo no silêncio.
4- As leis criadas obrigam as empresas a oferecer proteções contra ruídos. Existem também os abafadores externos e internos que reduzem imensamente o impacto do som. Antes da Constituição de 1988, não existia essa preocupação com os trabalhadores, e a grande maioria das empresas não era fiscalizada.
5- Um dano como esse pode prejudicar a audição tanto agora como pode também se manifestar mais tarde. Também há uma chance de que não aconteça nada, mas é pequena e ficar num ambiente calmo, sem ruidos depois de ouvir o barulho definitivamnte não é a solução, pois a audição de alguma forma já foi afetada. Dependendo da intensidade, do dano causado e da rapidez com que se procura um médico, pode sim se recuperar.
6- Fones de ouvido podem levar à surdez e zumbido permanente é o primeiro sintoma da perda de audição. Eles fazem parte do dia-a-dia. Nos ônibus, na academia, no trabalho e no metrô, difícil encontrar alguém sem as rolhas sonoras. Os fones de ouvido, pensados como alternativa