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O livro de Daniel, em seu capítulo 5, trata do pecado e seu castigo, tipo “uma lição de moral”. De início há um príncipe beberrão, em liberdade e costume fora do comum para aquela época e para aqueles povos, na sensualidade, orgia e desrespeito quanto ao sagrado. Um grande banquete oferecido por alguém que não deveria estar exposto publicamente.
Flavio Josefo conta-nos um pouco sobe a sucessão real em Babilônia a partir de Nabucodonosor:
Depois da morte do rei Nabucodonosor, de que acabamos de falar, Evil-Merodaque, seu filho, sucedeu-o e não somente pôs Jeconias (que antes se chamava Joaquim), rei de Judá, em liberdade, como também deu-lhe ricos presentes, tornou-o mordomo-mor de seu palácio e dedicou a ele um afeto muito particular. E assim, tratou-o de uma maneira bem diferente da que Nabucodonosor o havia tratado, quando o amor pelo bem de seu país, como vimos, o fez entregar-se em boa fé nas mãos deste, com sua mulher, seus filhos e todos os seus bens, para que fosse levantado o cerco de Jerusalém, sendo que Nabucodonosor lhe faltou à palavra. Evil-Merodaque reinou dezoito anos. Niglizar, seu filho, sucedeu-o e reinou quarenta anos. Seu filho Labofordá, que o sucedeu, reinou somente nove meses. Belsazar, filho deste, a quem os babilônios chamam Naboandel, substituiu-o. Ciro, rei dos persas, e Dario, rei dos medos, fizeram-lhe guerra e o sitiaram na Babilônia.
Neves Mesquita nos deixa um trecho referente à situação política do episódio:
Este (Nabucodonosor) morreu em 562 a.C. Já tinham decorrido 48 anos depois da destruição de Jerusalém, e Belsazar encontrava-se no trono em 538. Por todo este tempo Daniel teve o seu dia e oportunidade de testemunhar do seu Deus. Por morte de Nabucodonozor, sucederam-no diversos reis sem o pulso do rei falecido. Talvez o mais notável tenha sido mesmo Nabonido.
O Comentário Bíblico Moody mostra o contexto do lado de fora da cidade enquanto saciavam-se no banquete: