Entre o bem e o mal
Capítulo 2 – Entre o Bem e o Mal
1- O que significa dizer “a não indiferença é a essência do valer”?
Nada pior do que a indiferença, logo o contrário dela, ou seja a não-indiferença, ou o amor, o carinho, a atenção, a solidariedade, o companheirismo, a cumplicidade, a demonstração da preocupação do indivíduo com o seu semelhante, é o q o faz humano na sua essência. Podemos dizer que os valores não são, mas valem. Quando dizemos de algo que vale, não dizemos nado do seu ser, mas dizemos que não é indiferente. A não-indiferença constitui esta variedade ontológica que contrapõe o valor ao ser. A não indiferença é a essência do valor.O valer é não ser diferente. A não-indiferença constitui o valer, e ao mesmo tempo podemos precisar algo melhor esta categoria: a coisa que vale não é por isso nem mais nem menos do que a coisa que não vale. A coisa que vale é algo que tem valor; o ter valor é o que constitui o valer; valer significa ter valor, e ter valor não é ter uma realidade entitativa a mais ou a menos, mas simplesmente não ser indiferente, ter esse valor. Os valores não são, mas "valem". Uma coisa é valor e outra coisa é Ser. Quando dizemos de que algo vale, não dizemos nada do seu ser, mas dizemos que não é indiferente. A não indiferença é a essência do valer.
-Primeiro os valores são herdados, depois debatidos e, por fim, modificados.
2- Explique: O homem diferentemente do animal, é capaz de produzir interdições.?
Tendo a humanidade sistemas de socialidade muito mais complexos que os animais ditos irracionais (o que chamamos de "cultura"), produzimos ao longo da História formas de dominação dos modos de ser alheios. Inventamos, assim, interdições baseadas em supostas "verdades" jurídicas, morais, religiosas, governamentais, psicológicas, que proíbem, condenam, tiram a visibilidade ou desqualificam práticas de existência consideradas "perigosas" ao bem-comum social que variam de sociedade para sociedade e de tempos em tempos. Por