Entre o arcaico e o moderno
Entre o arcaico e o moderno
A divisão entre arcaico e moderno, é o que define com mais clareza o abismo entre as duas visões de mundo. Para verificar a profundidade dessas diferenças, o autor de A Cabeça do Brasileiro Alberto Carlos Almeida, não recorreu a nenhum expediente extraordinário. Apenas aferiu, por meio de perguntas, a indulgência com situações cotidianas.
Como resultado percebe-se uma contraditória composição de forças, marcada pela oposição entre esses “dois mundos” nos termos burgueses da modernização, que põe no centro do palco um povo idealizado e apologético.Muito diferentes com suas brutais diferenças e desigualdades entre as classes, os grupos étnicos, e as regiões do país, todas resultantes de um processo desigual e combinado, que atende pelo nome de modernização conservadora de um país periférico e dependente, sempre situado em posição subalterna na ordem mundial que o capitalismo rege.
Enquanto a classe baixa defende valores que tendem lentamente a morrer ou a se enfraquecer, a classe alta mantém-se alinhada a muitos dos princípios sociais dominantes nos países já desenvolvidos.
Não há um lado certo e outro errado, mas sim, um lado dominante em lenta erosão - o das classes baixas -, e outro que ainda pouco se faz presente, mas que tende a se fortalecer à medida que a escolaridade média da população aumentar. Entre os fatores que determinam esse abismo entre brasileiros, um dos mais importantes é a escolaridade “ é a educação que comanda a mentalidade” conforme enuncia Alberto Carlos Almeida.
Jeitinho. O “jeitinho” para os brasileiros, não é favor, nem corrupção, tanto que só metade dos brasileiros reprova, é meramente um facilitador.
A grande maioria acha que o jeitinho é uma coisa tolerável, que pode ser utilizado com maior ou menor intensidade. Isso mostra que o brasileiro não é rígido em relação ao cumprimento de regras informais e essa característica tem uma consequência