Ensino Superior
Assim como no século XI, as universidades eram regradas pela igreja e o foco eram discussões relacionadas à filosofia, vida, homem, hoje a necessidade da universidade é de atender o mercado capitalista e prover um produto intelectual, recurso humano necessário para as atividades de transformação ou de serviço para o mercado e economia.
Nessa linha, o ensino teria por princípio menos um conteúdo comum do que um estilo. Não seria incompatível com a heterogeneidade dos conhecimentos e das experiências entre estudantes (como entre estudantes e docentes), uma vez que seria, a cada vez, definido por uma atividade na qual o professor seria o engenheiro-consultor e pela focalização de métodos que delineiam possibilidades técnicas por meio da cultura de massa (DE CERTEAU, 1974, p. 115).
Em síntese, tal proposta significa que a escola tem a possibilidade de formar um núcleo crítico onde os professores e os alunos elaborem uma prática própria da informação vinda de outros espaços. De Certeau propõe que a escola e a universidade mudem, aceitem o homem de seu tempo, era necessário que a universidade identificasse o significado qualitativo diante do aumento quantitativo de alunos, era necessário que a escola e a universidade dessem conta de seus novos papéis, que segundo ele, renunciavam quando se recusavam em colocá-los sob sua forma atual, isto é, em termos de massa.
Contrapondo-se a essa homogeneização, Certeau defende a cultura no plural:
“(...) quanto mais a