ENSINO SUPERIOR
A qualidade do ensino superior, hoje tão decantada, finalmente partiu, entre nós, do discurso à prática. Procura-se medir a qualidade do Ensino que esta sendo oferecido nos diversos cursos das Instituições de Ensino Superior, quer através da avaliação no processo ou fora dele, quer pelo próprio estabelecimento de ensino ou órgãos externos e, ainda pela análise dos egressos desses cursos. É certo que a qualidade de um processo educativo não pode ser aferida num único momento, nem tomado sob uma só medida. É preciso que se tenha controle sobre o processo antes, durante e mesmo após a sua conclusão. É importante, portanto, que se avalie também o próprio processo de mensuração que está sendo utilizado, pois não podemos correr o risco de pressionar as IES de tal forma que elas se tornem mais um setor burocrático do que um centro de excelência acadêmica. Há de se considerar a necessidade de respeito à identidade das Instituições que se dedicam à nobre tarefa de educar que se propõem à formação de profissionais de nível superior. Não é disto temos certeza, desmoralizando-as que chegaremos à construção de um ensino superior, reconhecidamente de qualidade. Muito menos chegaremos à excelência acadêmica se não nos conduzirmos com o comportamento que a academia e a Lei espera de todos nós, que nos dedicamos a esse nível de ensino. Quando avaliamos um curso superior, queremos saber de sua eficiência, queremos saber se ele está funcionando dentro das expectativas que se tem para a formação do profissional. Estamos analisando variáveis, tidas como certas, que medem a qualidade do ensino oferecido. Variáveis essas que, se supõe, já tenham sido testadas e que podem nos oferecer uma boa margem de segurança na avaliação que procedemos. Contudo, essa variedade nos padrões de medida de avaliação tem seus limites, além de, necessariamente, só se poder concluir a informação que se precisa quando da análise de todo o processo, o que não vem ocorrendo.