ensino superior no Brasil
Thaiane Monteiro de Almeida*
Trabalho referente a disciplina de história da educação II solicitado pelo professor Sebastian Sanches com intuito de aprimorar meus conhecimentos sobre o tema ensino superior.
O ensino superior no Brasil sempre esteve relegado a plano secundário, isto quando não foi tratado com completo desdém. Uma análise pelo prisma da longa duração braudeliana, com especial atenção sobre as normas e legislação em torno do ensino superior, permite notar que a formação das mentalidades conduziu a constituição do panorama atual. Hoje temos um dos piores sistemas de ensino universitário do mundo, com uma constante ampliação do acesso ao custo da diminuição do padrão de qualidade, com a exigência cada vez menor da qualificação docente para baratear os custos. Por outro lado, o corporativismo acadêmico, nas universidades públicas, tem acompanhado a tendência, substituindo uma mão de obra altamente qualificada e reduzida por colegas e amigos nem sempre preparados para manter o padrão dos poucos centros antes considerados de excelência internacional. Assim, discutiremos aqui a formação deste panorama, recuando até o período colonial e passando pelas várias reformas universitárias que foram alterando as normas e a legislação.
1. A proliferação do ensino superior no século XIX e início do XX.
Desde 1808, a admissão dos candidatos às escolas superiores estava condicionada à aprovação nos chamados “exames preparatórios”, prestados no estabelecimento de ensino procurado pelo dito candidato. A partir de 1837, os concluintes do curso secundário do recém criado Colégio Pedro II passaram a ter o privilégio de matricula, sem exames, em qualquer escola superior do Império. Também por volta de 1837, diante das pressões das elites, os “exames preparatórios” passaram a ser realizados perante juntas especiais nas capitais das províncias, passando a não ter mais validade instantânea, mas sim permanente.
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