Ensino Médio

Formação de Professores do Ensino Médio
O Jovem como sujeito do Ensino Médio
Caderno II
Introdução

Muitos “problemas da junventude ” na escola baseiam-se na relação entre jovens e seus professores, e também entre estudantes e instituições escolares.
A questão da juventude na escola nos desafia a compreender o jovem estudante do momento, e detectar as bases necessárias para nossa relação com eles a fim de superação de fenômenos transtornantes nas escolas. Pesquisas e conversas informais com alunos apresentaram reclamações das escolas e dos professores.
Ve- se a escola como obrigatória, pela necessidade dos diplomas. Culpa-se o professor; a parte de alguns governos e “especialistas” em educação consideram o mesmo a origem da crise no desempenho escolar.
O Conselho Nacional de Educação (CNE 2011)expõe que a escola deve ser “reinventada” e deve garantir o aprimoramento do educando como pessoa humana dando-lhe formação ética com desenlvolvimento da autonomia intelectual e pensamento crítico .

1-Construindo uma noção de juventude.
As visões negativas sobre os jovens nas escolas estão incutidas entre os adultos e as instituições.
Os jovens, especialmente os dos setores populares não são beneficiados por políticas públicas suficientes que os acessem a bens materiais e culturais. A escola não considera o jovem como interlocutor ao tomar decisões importantes para a instituição, desestimulando a participação e protagonismo, dele no processo.
Percebe-se a criação de imagens e preconceitos sobre os jovens. Ele não é um pré-adulto e não deve ser destituído de sua identidade, no presente, em função da imagem que projetamos a ele no futuro.
A juventude é vista como problema. Os altos índices de violência, principalmente homicídios, tráfico de drogas, ameaça da AIDS e gravidez na adolescência, são fenômenos que levam a ter a juventude a imagem de um tempo de vida problemático. Os problemas que afetam a juventude já existiam antes mesmo da chegada a esta faixa