Ensino de língua portuguesa: subvertendo o preconceito linguístico.
Resumo: Este trabalho tem como objetivo discutir, esclarecer e prevenir o preconceito linguístico por parte de estudantes. Para tal, tem como base teórica o livro do sociolinguista Marcos Bagno Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. A partir desse autor, notamos que o preconceito linguístico é um repugno a pessoas que falam e escrevem em discordância da norma culta do português. Ao longo da pesquisa, observamos que esse tipo de preconceito, embora muito difundido, não encontra fundamentos na disciplina que estuda cientificamente a linguagem. Desse modo, constatamos que o preconceito linguístico, no ensino de língua materna, deve ser subvertido, de forma que o alunado tenha uma visão crítica e científica do assunto.
Relevância e objetivos do curso: Nóis vai, agente vamos e eles faz são exemplos de expressões que quando ouvimos, logo tratamos de apontar como erradas e ignorantes. Mas quais os fundamentos científicos que damos ao classificá-las assim? Falar neles implica em considerar características históricas, sociais e culturais dos grupos de pessoas que falam e escrevem dessa maneira. È considerando esses fatores e explicando o porquê dessas variações que aparece o estudo da sociolinguística. Dizer que esses modos de se expressar estão errados, é do ponto de vista de especialistas dessa área, inaceitável. Entretanto, atitudes assim são frequentes em nossa sociedade. A maioria das pessoas com uma boa instrução escolar tem como única forma correta aquela que está presente na gramática normativa, onde se aprende na escola. É por menosprezar falantes sem instruções pragmáticas, que não aprenderam regras de ortografia, concordância e regência que surge o preconceito linguístico. Para