Preconceito Linguístico (Marcos Bagno)
LINGUÍSTICO
O que é, como se faz.
O LIVRO
“Este livro traz os primeiros resultados, sempre provisórios, das reflexões que venho fazendo sobre o tema do preconceito linguístico. Ele reúne as principais conclusões a que cheguei, conclusões que pude compartilhar e discutir com as pessoas que me ouviram falar nas diversas palestras que dei ao longo de
1998. [...]”
Marcos Bagno
O PRECONCEITO,
[...]O preconceito linguístico está ligado, em boa medida, à confusão que foi criada, no curso da história, entre língua e gramática normativa. Nossa tarefa mais urgente é desfazer essa confusão.[...]
“A língua é um enorme iceberg flutuando no mar do tempo, e a gramática normativa é a tentativa de descrever apenas uma parcela mais visível dele, a chamada norma culta. Essa descrição é parcial e não pode ser autoritariamente aplicada a todo resto da língua [...]. Mas é essa aplicação autoritária que impera na ideologia geradora do preconceito linguístico.” Marcos Bagno
A
III,
DESCONSTRUÇÃO DO
PRECONCEITO
Neste capítulo, Bagno discute a ruptura do circuito vicioso do preconceito linguístico, afirmando que a norma culta é reservada, por questões de ordem política, econômicas, sociais e culturais, a poucas pessoas no Brasil.
Discute, por exemplo, a mudança de atitude do professor que deve refletir-se na não aceitação de dogmas, na adoção de uma nova postura (crítica) em relação a seu próprio objeto de trabalho: a norma culta.
1. RECONHECIMENTO DA CRISE
De que modo poderemos romper o círculo vicioso do preconceito linguístico?
A gramática normativa tenta nos mostrar a língua como um pacote fechado, um embrulho pronto e acabado. Mas não é assim. A língua é viva, dinâmica, está em constante movimento.
2. MUDANÇA DE ATITUDE
Temos de combater o preconceito linguístico com as armas de que possuímos. E a primeira campanha a ser feita, por todos na sociedade, é a favor da mudança de