Ensino de evolução e religião
A interface entre ciência e religião no meio escolar é o tema geral desse estudo. Considerando que em certas ocasiões há um conflito dessas duas vertentes com a interferência das crenças religiosas e de alguns conceitos dos alunos que se conflitam com os princípios científicos difundidos em sala de aula.
De acordo com Dorvillé, que se baseou na sociologia de Pierre Bourdieu, é importante enfatizar a delimitação dos campos científico e religioso para atuar no âmbito da escola, garantir a qualidade das ações pedagógicas desenvolvidas no seu interior. Devido ao número crescente de docentes religiosos na área de ensino de ciências, há uma preocupação de promover uma discussão e material didático que permita delimitar os campos e, quiçá, produzir alterações nas visões de mundo de nossos alunos (Dorvillé, 2010).
Estudos mostram que ensinar a teoria da evolução das espécies a estudantes que trazem pensamentos religiosos sobre esse conteúdo, requer certas medidas essências, pois o conteúdo científico a ser passado pode ser entendido como uma afronta às suas crenças. Isso ocorre devido a diversidade cultural natural que há no Brasil e em uma sala de aula, seja qual for o estado brasileiro, há vários estudantes religiosos, que possuem suas próprias crenças e isso deve ser respeitado (Vieira e Falcão, 2012).
Devido a essas preocupações, é importante para o professor ter estratégias de cuidados educacionais necessários a esse ensino, de uma forma que não seja uma provocação aos princípios dos alunos. A utilização de um Debate Simulado envolvendo o tema como estratégia para que o ensino de evolução tenha um maior entendimento pelos estudantes, e é bastante aceito pela comunidade docente. O debate traz diversas vantagens para um ensino de evolução, além de conseguir conciliar de uma forma justa a religião e a ciência fazendo com que os alunos compreendam melhor cada teoria, tem como princípio a formação de opiniões e decisões perante tal problema em questão.
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