ensinando na certeza do paradigmas

3. Ensinando na certeza do paradigma dominate
Professores que, na sua prática de ensino, adotam o conceito de conhecimento como um todo construído e organizado, um bem que se deve alcançar, assimilável se dividido em parcelas menores, em “tópicos” que se constituem numa cadeia de pré-requisitos, sem os quais não se alcança um saber mais elevado. Como diz Cunha (1989, p.29), citando Lowy:
Na formação dos professores e de outros profissionais do nosso país, pela influência positivista que definiu as coordenadas de nossa cultura, foi banida a relação entre saber e pressupostos da elaboração desse saber. De acordo com essa corrente, as ciências da sociedade, assim como as da natureza, devem limitar-se à elaboração e à explicação causal dos fenômenos, de forma objetiva, neutra, livre de julgamento de valor ou ideologias, descartando principalmente todas as pré-noções e preconceitos.
Os professores que ensinam pelo paradigma dominante apresentam de forma mais acentuada a tendência a separar ensino e pesquisa e teoria e prática na graduação e a uni-los na pós- graduação, obedecendo à lógica que se deve “dar uma base na graduação”. O conhecimento é visto como o produto a ser transmitido ao aluno e os professores são coerentes com isso no seu modo de pensar e agir.
Na graduação nos temos já um programa muito bem estabelecido, existe uma certa estrutura de disciplina.
Esses professores se apóiam em conceitos de conhecimentos, ciência e ensino que apontam para a “neutralidade de objetividade da ciência”.
Prática significa, neste contexto, o estudo teórico demonstrado às vezes, o uso de técnicas e aparelhos específicos da área. Teoria e prática não estariam separadas, seriam antes facetas de uma única e mesma coisa. Não se trata de práxis. São outros conceitos, outra visão de mundo.
Os alunos operam o pensamento, utilizando-se de um conteúdo teórico. Refletem sobre a ciência, pela lógica da própria ciência. Não refletem sobre a realidade do cotidiano em função da