Ensaio SPT
O ensaio SPT é um dos ensaios in-situ de determinação das condições mecânicas dos solos mais utilizados em todo o mundo. Comparando com outros tipos de ensaios de penetração, algumas das características que contribuem para esse fato, são: a sua simplicidade operacional, rapidez de execução, recuperação de amostras de solo baixo custo, aliadas a uma elevada experiência acumulada com a sua aplicação. Este ensaio tem, no entanto, algumas limitações importantes.
O SPT está estandardizado pela norma ASTM. Esta norma consiste, basicamente, nos seguintes procedimentos:
1. Penetração, no solo do fundo do furo de sondagem, dum amostrador estandardizado, até uma profundidade máxima de 460 mm. Os primeiros 152 mm de penetração, fase de pré-cravação, têm como objetivo atingir uma zona de terreno não perturbado pelo processo de furação;
2. Determinação do número de pancadas NSPT necessárias para a penetração dos seguintes 305 mm, normalmente em duas fases de contagem, como o somatório do número de pancadas necessárias para a penetração de cada tramo de 152 mm. O número de pancadas NSPT é considerado a medida da resistência à penetração do terreno ensaiado;
3. A penetração é realizada através da pancada de um pilão de aço de 63.5 Kgf de peso, largado em queda livre, de uma altura de 760 mm, sobre um batente acoplado ao amostrador por um trem de varas metálicas também padronizadas, cuja extremidade superior se encontra acima do furo de sondagem.
Relativamente à fase de penetração do amostrador deve ter-se em atenção o seguinte:
• O amostrador deve ser descido até ao fundo do furo juntamente com o conjunto do pilão, batente e varas. Se a penetração inicial resultante do peso morto aplicado sobre o amostrador for superior a 450 mm, o teste termina e NSPT é considerado zero;
• Em caso contrário, é iniciada a fase de pré-cravação, cuja penetração total não deve exceder os 150 mm, com um máximo de 50 pancadas;
• Segue-se a fase da determinação da resistência à