Ensaio SPT
Fernando Artur Brasil Danziger
COPPE e Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, danziger@coc.ufrj.br Bernadete Ragoni Danziger
Departamento de Estruturas e Fundações, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro,
Brasil, brdanzig@uerj.br
Erinaldo Hilário Cavalcante
Departamento de Engenharia Civil, Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, Brasil, erinaldo@ufs.br
RESUMO: O trabalho analisa as transferências de energia no ensaio SPT, desde a energia potencial do martelo até a energia que chega ao amostrador. Os valores de N associados à energia são analisados.
Casos em que o ensaio apresenta situações que podem ou precisam ser melhoradas são discutidos.
PALAVRAS-CHAVE: Ensaio de campo, SPT, Energia.
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INTRODUÇÃO
Há muitos anos vários autores têm estudado a questão da energia nos sistemas SPT (e.g., De
Mello 1971, Kovacs et al. 1977).
É geralmente considerado que a pesquisa desenvolvida por Palacios (1977) e Schmertmann e Palacios (1979) representa um marco na análise quantitava do ensaio. Aqueles autores mostraram que o número de golpes no ensaio, N, é inversamente proporcional à energia que chega ao topo da composição de hastes, ao menos para
N até 50. Após várias discussões a respeito da energia a ser utilizada como referência no ensaio
(Kovacs e Salomone 1982, Robertson et al. 1983,
Seed et al. 1985, Skempton 1986), a ISSMFE
(1989) estabeleceu 60% da energia potencial teórica como a referência internacional. Ou seja, uma vez realizado o ensaio SPT, o valor de N deve ser convertido para N60, através da expressão N 60 = N
E
E60
sendo
E = energia correspondente a N
E60 = 60% da energia potencial teórica
(1)
Se a energia E é conhecida, a expressão (1) deve ser usada. Caso não o seja, há necessidade de uma estimativa do valor de E.
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AS PERDAS DE ENERGIA NO