Ensaio na educação de jovens e adultos - eja
AS DEMANDAS E NECESSIDADES DOS “JOVENS” QUE PARTICIPAM DOS PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO POPULAR NO BRASIL
ANA LÚCIA SANTOS ARAÚJO[1]
CRUZ DAS ALMAS
2011
ENSAIO DO TEXTO:
A Juventude e a Educação de Jovens e Adultos:
Reflexões iniciais Novos sujeitos
O trabalho de Dayrell, sobre a juventude dentro da modalidade da EJA, levou-me a refletir sobre a necessidade de pensar o ensino de Jovens e Adultos como uma perspectiva de vida que vai além do simples ler e escrever, principalmente para aqueles jovens tão cheios de vida e de expectativa em conseguir se firmar ou se afirmar em algum aspecto de sua vida não só com jovens, mas, como pessoas humanas que têm direito a se expressar e gozar de uma cidadania plena.
O nome, ao se referir a “jovens” e “adultos”, esta explicitando que essa modalidade de ensino abrange os sujeitos, e não simplesmente os “alunos” ou qualquer outra categoria generalizante, jovens e adultos - que, pelo lugar que ocupam nos tempos da vida, possuem realidades específicas e assim apresentam demandas e necessidades também específicas. (PAULO FREIRE. 1980)
Partindo da reflexão acima citada, ficam explícitos quais os objetivos e as dinâmicas que devem acontecer no processo educativo dessa modalidade que trabalha especificamente com “jovens”, devem levar em consideração as várias experiências e as possíveis expectativas com que cada um de forma e maneira diferenciada espera alcançar. Mas, o óbvio não acontece, pois, os jovens e as suas dinâmicas dentro do processo educativo da EJA, são percebidos em sua grande maioria como: “jovens problemas”, “rebeldes”, e “favelados” destituídos de qualquer possibilidade de vir a alcançar ou encontrar um novo sentido em suas vidas. É Partindo desta visão e modo de pensar que a maioria dos educadores da EJA concebe e vêm os jovens que participam desses projetos como sendo uma unidade homogenia, onde todos partem e convive com a mesma história de vida, mesma cultura