Ensaio, Formação e profissionalização docente
A função de professor nos dias atuais vem sendo atacada em virtude dos papéis sociais que tem a função de orientadores de comportamentos cada vez mais frágeis abertos e instáveis, quando a tolerância social em relação aos desvios desses comportamentos esperados é maior, e quando a evolução cultural permite e ainda exige das pessoas que não só sejam criativas nos papéis sociais que atuam, mas que também adotem a maior quantidade possível deles.
Segundo Esteve, vivemos numa sociedade pluralista, em que alguns grupos sociais distintos, com potentes e eficazes meios de comunicação a seu serviço, defendem modelos da educação opostos, em que a prioridade é dada, a certo tipo de valores diferentes, e existe também uma contradição. Por outro lado, a aceitação na diversidade da educação, da própria sociedade multicultural, nos obriga a fazer modificações nos matérias didáticas e a diversificar os programas e métodos de ensino. O conjunto de circunstâncias heterogêneas, como define o Gil Villa, é a passagem de um sistema de elite, para um sistema de massa, onde o ensino passaria a ser generalizado, e não só a elite ter a oportunidade de usufruir do mesmo. Esteve exige uma reflexão profunda sobre a formação dos professore, e dos de história principalmente, pois tem como objeto de ensino construir a consciência histórica de crianças e jovens que no Brasil, o país em que vivemos, existe uma realidade marcada por diferenças, tanto culturais, como econômicas, e desigualdades sociais.
A problemática da formação de certa forma ajuda a refletir de uma maneira articulada sobre a defesa da profissionalização docente, porque ambas andam juntas, se somam e na maioria das vezes se sobrepõem, e acaba se tornando um movimento permanente, com isso vão surgindo novas tendências para o professor em face das mudanças sociais e culturais, o autor Gil Villa chega a identificar três tendências dessas, que são: A dessacralização da ciência e da cultura, a