Ensaio em reflexões a partir do estágio em educação infantil
Fábia S. B. da Conceição O presente trabalho tem como objetivo traçar uma reflexão a acerca das relações de poder no ambiente escolar. A construção deste estudo é fruto da análise de experiências de estágio supervisionado I, realizado na Escola Municipal Professora Zulmira Mathias Netto Ribeiro. Tomando como ponto de partida “as análises dos diários de campo” (Dias, 2009).
Nesse contexto, é que se insere meu esforço em compreender as problemáticas das relações de poder no ambiente escolar, e como se dá a dinâmica e a formação das relações de poder que se apresentam nesta instituição (LOURAU, 1993), desses sujeitos e os saberes escolares, haja visto que: “o estilo de gestão adotado pela direção influencia as interações entre as pessoas (professores, alunos, funcionários), determinando as mais variadas práticas e formas de funcionamento” (LIBÂNEO, 2008, p.31) (...) resolvi ir até ela e perguntar se estava acontecendo alguma coisa. Ela me informou que uma criança estava com o braço machucado e me convidou para ir até lá. Quando chegamos a sala, logo atrás de nós entrou a diretora que expulsou a Francine da sala alegando que ela estava constrangendo o aluno. Eu fiquei um pouco confusa, confesso até mesmo com medo da reação da diretora, pois para mim pareceu abuso de poder, parecia que ia avançar na professora, fomos convidados a voltar para sala de aula, e fizemos isso em silencio. (Diário de Campo, 21/10/10).
Com a citação acima podemos evidenciar que no momento atual, a escola está fortemente marcada por sua feição disciplinadora, normalizadora e excessivamente burocrática, vive o conflito gerado pelo confronto entre as formas pela qual as relações de poder circulam no espaço escolar, visto que, “nós funcionamos, todos, em todos os lugares, sob a heterogestão; ou seja, “geridos” por “outrem”. E a vivemos, geralmente como coisa natural” (LOURAU, 1993, P.14).
A professora Francine ficou