engenheiro
Lorde Walder faria noventa e dois anos em breve. Seus ouvidos tinham começado a fraquejar, os olhos já quase não funcionavam, e a gota estava tão ruim que tinha de ser carregado para todo lado. Todos os filhos concordavam que não era possível que durasse muito mais tempo. E quando ele se for, tudo mudará, e não para melhor. O pai era queixoso e teimoso, com uma vontade de ferro e uma língua viperina, mas acreditava em cuidar dos seus. De todos os seus, mesmo daqueles que lhe desagradaram e o desapontaram. Até daqueles de cujo nome não se lembra. Mas quando ele se fosse...
Quando Sor Stevron era o herdeiro, tudo era diferente. O velho passara sessenta anos treinando Stevron, e enfiou na cabeça dele que sangue era sangue. Mas Stevron tinha morrido em campanha com o Jovem Lobo no oeste - "da espera, sem dúvida", gracejou Lothar Coxo quando o corvo lhes trouxe a notícia e seus filhos e netos eram uma espécie diferente de Frey. Agora o herdeiro era o filho de Stevron, Sor Ryman; um homem obtuso, teimoso e ganancioso, E depois de Ryman vinham os filhos, Edwyn e Walder Negro, que eram ainda piores.
- Felizmente - disse uma vez Lothar Coxo - odeiam-se ainda mais um ao outro do que nos odeiam.
Merrett não tinha certeza de que isso fosse auspicioso, e, já agora, o próprio Lothar podia ser mais perigoso do que qualquer dos outros dois. Lorde Walder tinha ordenado o massacre dos Stark no casamento de Roslin, mas foi Lothar Coxo quem o planejou com Roose Bolton, até o ponto de escolher que canções seriam tocadas. Lothar era um tipo muito divertido para uma bebedeira em conjunto, mas Merrett nunca seria tolo o suficiente para lhe virar as costas. Nas Gêmeas aprendia-se bem cedo que só se podia confiar nos irmãos de pai e mãe, e mesmo nesses