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Políticas Económicas da UE

Em 2004 irão aderir à UE dez novos países: Chipre, República Checa, Estónia, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Hungria, Eslováquia e Eslovénia.
Este alargamento traz novos desafios para a UE, mas principalmente para as economias europeias. Muito se tem especulado acerca do impacto deste alargamento na economia portuguesa, principalmente no que se refere à nossa competitividade. Será que, como alguns dizem, Portugal será um dos maiores lesados com este novo "rumo a leste"? É o que procurarei analisar. Para começar é importante referir que a internacionalização da economia portuguesa nunca usufruiu de um carácter sistémico, que se concretizasse na qualificação dos recursos humanos ou na preparação da competitividade no exterior. De facto, o nosso investimento foi sempre dirigido para sectores de actividade muito pouco modernizados e com uma mão-de-obra pouco qualificada e barata, e durante todo o tempo em que usufruímos de bons fundos comunitários nada se fez para alterar este quadro, insistindo-se num modelo completamente desfasado do resto dos países europeus. Por estas razões, Portugal como país ainda "periférico" que é no que se refere à coesão social, teme a redução dos subsídios comunitários que permitem melhorar os seus padrões de desenvolvimento. Teme ainda que algumas unidades industriais se deixem "encantar" pelas oportunidades a leste, uma vez que no geral estes futuros membros da UE têm índices de competitividade mais elevados que Portugal. Em verdade, na maioria dos índices que servem para medir a captação do Investimento Directo Estrangeiro, Portugal fica quase sempre nos últimos lugares do ranking da competitividade.
E estes países do alargamento constituem um grande desafio à economia portuguesa. Por exemplo, a comparação em termos de crescimento médio esperado é bastante preocupante; enquanto Portugal em 2002 teve um crescimento médio na ordem dos 0,7% e um crescimento esperado de 1,2% para 2003, os