Engenheiro
Ao longo das duas últimas décadas, tem havido gradativo aumento na interrelação e interdependência econômica das nações, com o crescimento do fenômeno da globalização dos mercados. Paralelamente a essa nova realidade, o governo brasileiro, desde 1990, vem adotando uma política que busca afastar a intervenção governamental do mercado, abrindo-o ao comércio exterior, e criando nova ordem econômica no país.
A abertura do mercado brasileiro às importações, aliada ao processo de privatização, fez com que o perfil de certos setores da indústria mudasse radicalmente, tal como o que veio a ocorrer com a indústria brasileira de polímeros. As empresas, que tinham mercado interno protegido, subvenções e facilidades de exportação de seus excedentes, passaram a ter de lidar, em sua própria casa, com a agressiva concorrência de fabricantes estrangeiros, que começaram a colocar seus produtos no país por preços atraentes e, muitas vezes, com conteúdo tecnológico mais avançado.
O processo de globalização está sendo sentido, particularmente, pelo setor industrial de polímeros (plásticos, borrachas, fibras, adesivos, tintas e vernizes). A indústria de polímeros é o segmento da indústria química que mais cresce no mundo. Entre 1980 e 1990, a produção mundial de plásticos aumentou 62%, uma vez que esse material foi progressivamente substituindo outros materiais. Em 1992, a produção de plástico alcançou 102 milhões m3/ano, enquanto a do aço foi de 50 milhões m3/ano. A produção de plástico deverá aumentar 10 vezes antes que o mercado global possa ser considerado saturado (Utracki, 1995).
Atualmente a indústria do plástico é responsável no Brasil por 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, gera um faturamento anual da ordem de US$5 bilhões, emprega diretamente quase 200 mil pessoas e responde pelo pagamento de US$1,5 bilhão de impostos. O mercado brasileiro é considerado área de oportunidades pelo fato de o país possuir excelente base populacional, que garante