Nos últimos anos o padrão de geração e consumo energético tem sofrido significantes alterações, de maneira que grandes esforços têm sido dispendidos para a redução da dependência de fontes não renováveis de energia de modo especial o petróleo e seus derivados, estabelecendo-se novos conceitos de sustentabilidade ambiental, econômica e social. Os fatores atuantes para a formação deste cenário estão atrelados à progressiva redução das reservas de carbono fóssil, aos atritos gerando entre as nações pela detenção e/ou dependência destas fontes de energia e aos impactos ambientais causados pela queima destes combustíveis de origem não renovável. Por estes motivos é necessário politicas governamentais que busquem a gradativa substituição destes tipos de recursos de origem fóssil por fontes alternativas de energia juntamente com desenvolvimento de novas tecnologias para o aprimoramento de utilização das mesmas, visando o surgimento de uma sociedade sustentável através da exploração de produtos renováveis. Neste contexto o Brasil ocupa uma posição de relativo conforto uma vez que apresenta uma matriz energética mais limpa que a maioria dos países, sendo composta predominantemente de fontes de origem renovável. Segundo dados do Balanço Energético Nacional de 2013 (ano base 2012), a oferta interna de energia renovável foi de 42,4% quanto à média mundial foi de 13,2% e nos países OECD (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) foi somente de 8% (MME, 2010). Esta vocação natural brasileira para o consumo de energéticos renováveis é visível desde o Brasil colônia onde a biomassa foi a principal fonte de energia primária persistindo até a década de 1970, nos dias atuais este produto compõe cerca de 7% da energia elétrica gerada em território nacional (BEN, 2012), sendo que deste total a biomassa de base florestal contribui com aproximadamente 15,8% (ANEEL, 2012).
Apesar de significativo, o potencial de geração de energia a partir de resíduos florestais de