Engenharia
BANHADOS E ÁREAS ÚMIDAS DA ZONA COSTEIRA
Maria Inês Burger
Pesquisadora do Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do RS
Rua Dr, Salvador França 1427 - Porto Alegre - CEP 90690-000
E-mail: manejo@fzb.org.br
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SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO • Conceito de banhados e áreas úmidas costeiras
• Distribuição dos banhados e áreas úmidas (lagoas, lagunas, campos, savanas e florestas inundadas) na zona costeira brasileira
• Nível de conhecimento sobre banhados e áreas úmidas costeiras
• Biodiversidade dos banhados e áreas úmidas
• Impactos sobre banhados e áreas úmidas costeiras
• Compartimentação da zona costeira
II. MÉTODOS
III. RESULTADOS (por Unidade Físico-Ambiental)
IV. RECOMENDAÇÕES
• Políticas para a proteção e pesquisa científica
• Políticas para uso sustentável e repartição de benefícios
V. AGRADECIMENTOS.
VI. BIBLIOGRAFIA
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I. INTRODUÇÃO
Conceito de banhados e áreas úmidas costeiras
Esta categoria engloba vários ecossistemas, como lagoas de água doce e salobra sem influência marinha; savanas, campos e florestas de inundação temporária ou permanentemente e os banhados.
Banhados são áreas alagadas permanente ou temporariamente, conhecidos na maior parte do país como brejos, são também denominados de pântanos, pantanal, charcos, varjões e alagados, entre outros. É necessário esclarecer que, na literatura consultada, o termo banhado corresponde a apenas um dos tipos de ambientes incluídos na categoria áreas úmidas ou zonas úmidas (do inglês “wetlands”). As definições e os termos relacionados às áreas úmidas são muitos e, em sua maioria, confusos. Como as características das áreas úmidas situam-se num contínuo entre as de ambientes aquáticos e terrestres, as definições tendem a ser arbitrárias (Mitsch & Gosselink, 1986). No entanto, é possível identificar algumas características comuns como a presença de água rasa ou solo saturado de água, o acúmulo de material orgânico