Engenharia concorrente
O artigo apresenta a filosofia da Engenharia Concorrente, que com seus objetivos de redução do ciclo de desenvolvimento, aumento da qualidade do produto final e redução de custo, começaram a ser empregada na indústria naval, na década de 90. A abordagem é comparada com o método tradicional (seqüencial) de desenvolvimento de produtos, mostrando as principais diferenças entre ambos. O emprego da Engenharia Concorrente na indústria naval é apresentado através de um exemplo recente de aplicação da filosofia no programa da nova classe de submarino nuclear de ataque da Marinha Americana.
INTRODUÇÃO
A globalização tem elevado sobremaneira o nível de competição entre as empresas, forçando-as a lançar novos produtos em intervalos cada vez menores.
Desta maneira, torna-se uma questão de sobrevivência a redução do tempo gasto no ciclo de desenvolvimento de novos produtos, acrescentando ainda a necessidade de produzi-los com elevada qualidade, dentro de padrões internacionais e com drástica redução de custo.
A indústria naval se insere nesse contexto de alta competitividade, tendo um mercado atualmente dominado pelos países asiáticos, que produzem com rapidez, qualidade e baixo custo, quando comparados com o restante do mundo.
Os sistemas navais caracterizam-se por necessitarem, em geral, de longos ciclos de desenvolvimento. O ciclo de desenvolvimento ou projeto é, seguramente, um dos mais importantes, se não o mais importante, determinante (driver) do custo final de um sistema.
A filosofia da Engenharia Simultânea, com seus objetivos de redução do ciclo de desenvolvimento, garantia da qualidade e diminuição do custo final, dentre outras teorias, surge como uma alternativa para a indústria de construção naval do mundo ocidental, que busca competir com os países asiáticos pelas encomendas que nos últimos anos têm crescido, devido ao incremento do comércio internacional, como também devido à expansão da área de offshore.
DEFINIÇÃO DE