ENFERMAGEM NA INGLATERRA E ESTADOS UNIDOS
Nas décadas de 1920 e 1930, nos EUA, vários estudos de casos clínicos foram publicados. Eles analisavam e avaliavam em profundidade o processo saúde-doença de um paciente ou grupo de pacientes similares objetivando discernir que intervenções de enfermagem eram necessárias. Com isso, as enfermeiras passaram a utilizar instrumentos de coleta de dados e também se empenharam na análise e formulação de julgamentos clínicos sobre as informações coletadas, contudo devo ressaltar ainda o importante discernimento que as enfermeiras faziam entre a área de atuação médica e de enfermagem, visto que, nesses estudos, as intervenções de enfermagem eram listadas separadamente das intervenções médicas. Neste sentido, há uma estreita relação entre os estudos de caso e o aparecimento dos primeiros planos de cuidado de enfermagem, logo, da mesma maneira que se pode afirmar que os estudos de caso foram os precursores dos planos de cuidado também se pode dizer que os planos de cuidado foram as primeiras expressões do que mais tarde se convencionou denominar PE. A primeira referência brasileira a esse tipo de trabalho científico deve-se a Zaíra Cintra Vidal. Em 1934, ela publicou um artigo a respeito na revista Annaes de Enfermagem (atual REBEn) em que, além de apresentar as características e de discutir a utilidade dos ‘casos de estudo’, fez também recomendações sobre o modo de organizá-lo afirmando que toda a vantagem do método dependia dessa organização. Em 1955, o termo PE aparece pela primeira vez por ocasião de uma conferência proferida por Lídia Hall, quando a mesma exclamou que a enfermagem é um processo constituído em quatro proposições – enfermagem ao paciente, para o paciente, pelo paciente e com o paciente. Na literatura, o termo surge em 1961 na publicação de Ida Orlando para explicar o comportamento do paciente, as respostas do paciente e da enfermeira. As demais, segundo Dell’Acqua e Miyadahira, as primeiras