A EXPANSÃO DAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM NO BRASIL NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
O ensino de Enfermagem surge no Brasil no final do século passado ante um processo de confronto de poderes entre Estado, igreja e medicina. Sua institucionalização se efetivou somente trinta anos depois da criação da Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP) em 1923, seguindo modelo inglês de Florence Nightingale, porém importado dos EUA. O objetivo da criação da escola foi responder às necessidades de pessoal qualificado no combate e controle da Febre Amarela.
No Brasil, especialmente nas últimas décadas, o ensino de Enfermagem, tem passado por muitas modificações em meio aos movimentos sociais. O ensino sistematizado da Enfermagem data de pouco mais de um século. Antes disso não havia propriamente escolas de Enfermagem, mas instituições religiosas cujo ensino e orientação da prática não obedeciam a nenhum programa formal.
Apesar da existência secular da Enfermagem, a história da Enfermagem Moderna tem início a partir da segunda metade do século XIX com Florence Nightingale, na Inglaterra o qual baseava-se em criteriosa seleção das candidatas ao curso, na sistematização do ensino teórico e da prática correspondente e na total autonomia da escola em assuntos financeiros e pedagógicos. No entanto mantinha o caráter religioso e caritativo, servindo ao próximo como meio de aperfeiçoamento espiritual, principalmente aos pobres e necessitados. Para tal curso, a aluna deveria ser sóbria, honesta, leal, digna de confiança, pontual, calma e ordeira, correta e elegante.
O Sistema Nightingale expandiu-se rapidamente no começo na própria Inglaterra e países escandinavos e, posteriormente nos Estados Unidos e Canadá. Assim, o que se encontrava na Inglaterra neste momento interfere no ensino nos Estados Unidos que por sua vez, vem influenciar o ensino na Enfermagem brasileira.
Nos Estados Unidos, no período de 1873 a 1890 foram criadas trinta e cinco escolas.