Empregabilidade e carreira
Empregabilidade e carreira
Sigmar Malvezzi23
sociedade dos nossos dias pode ser caracterizada pela peculiaridade de ter testemunhado, em curto espaço de tempo, a transição da engenharia de tarefas (tecnologia eletromecânica) para a globalização (tecnologia da teleinformação). Teria essa mudança um impacto significativo na formação e capacitação para os empregos? Altera-se a probabilidade de obtenção e manutenção dos empregos? Para enriquecer a reflexão produzida neste evento, vamos tratar dessas questões. O processo de globalização consiste num conjunto integrado de mudanças que tem como dimensão ontológica a compressão do espaço e do tempo. Pela tecnologia da teleinformação, podemos manobrar máquinas distantes de nós, dar aulas a múltiplas classes, ao mesmo tempo, e realizar uma reunião na qual pessoas, embora localizadas em cidades distintas falam e discutem entre si, tentam persuadir umas às outras, como se estivessem numa reunião numa mesma sala. Essas possibilidades são exponenciadas pela associação a outros fatores a elas interdependentes. O desenvolvimento científico e tecnológico é veloz em quase todas as áreas do saber, possibilitando a contínua incorporação de nova instrumentalidade aos negócios, alterando seu equacionamento econômico. Isto implica que a manutenção e desenvolvimento dos negócios (e consequentemente, dos empregos) depende da atualização tecnológica enquanto conteúdo e enquanto velocidade de incorporação de novas tecnologias que tem potencialidade de afetar não apenas o custo e o tempo de produção, mas a incorporação de valores que melhor atendem as necessidades e expectativas dos clientes. Como conseqüência dessa contínua alimentação da competitividade através do desenvolvimento da organização da produção temos produtos mais baratos e mais acessíveis, e crédito automático estimulando, por sua vez a produção. Esse