Empreendedorismo por necessidade
De cada cem brasileiros com idades entre 18 e 64 anos, cerca de 13 desenvolvem alguma atividade empreendedora, seja no comércio ou no setor de serviços. Isso faz com que o Brasil ocupe a nona posição entre os países com maior número de pessoas que abrem negócios.
A principal motivação do fenômeno, no entanto, não é a inovação, mas a necessidade. Os dados são da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP) e pelo Sebrae. A pesquisa GEM no Brasil tem apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia.
De acordo com o levantamento, que mediu o empreendedorismo em 42 países, a taxa de empresas em estágio inicial no Brasil, que engloba desde negócios em fase de implantação até os que têm 42 meses de mercado, subiu de 11,6%, em 2006, para 12,72% em 2007, totalizando cerca de 15 milhões de empreendimentos em atividade no último ano.
Nessa mesma categoria de empreendedores iniciais, os países que estão à frente do Brasil no ranking são: Tailândia (27%), Peru (26%), Colômbia (23%), Venezuela (20%), República Dominicana (17%), China (16%), Argentina (14%) e Chile (13%).
Empreendedorismo mundial
Criado em 1999, o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), coordenado pela London Business School (Inglaterra) e pelo Babson College (Estados Unidos), é um dos maiores estudos no mundo sobre a atividade empreendedora, cobrindo mais de 50 países consorciados, que representam 95% do PIB e dois terços da população mundial.
No Brasil, o GEM vem se consolidando desde 2000 como uma importante referência nacional para as iniciativas relacionadas ao tema. O projeto nacional é liderado pelo IBQP, em parceria com o Sebrae, a Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Pontifícia Universidade Católica do Paraná e Centro Universitário Positivo.
Para a pesquisa brasileira de 2007 foram entrevistados dois mil indivíduos entre 18 e 64 anos, de todas as regiões brasileiras, selecionados por