Empreendedorismo por necessidade e por oportunidade
Há dois tipos de empreendedorismo, por oportunidade e por necessidade. A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgada pelo Sebrae, mostra que para cada negócio aberto por necessidade – motivado, por exemplo, pelo desemprego – pouco mais de dois foram iniciados porque os empresários enxergaram uma oportunidade no mercado, no Brasil. O índice brasileiro é o maior já registrado desde que o país começou a participar da pesquisa, no ano 2000. Em 2002, o empreendedorismo por necessidade superava o por oportunidade – para cada empreendedor por necessidade havia 0,7 por oportunidade. A relação se inverteu em 2003, mas somente em 2010 o Brasil passou a ter mais de dois empreendedores por oportunidade para cada um por necessidade. Em 2009, a relação era de 1,6. Essa evolução mostra a vocação empreendedora do brasileiro, uma vez que a abertura por necessidade é feita como única opção, ou seja, pela falta de melhores alternativas profissionais. O aumento da geração de emprego em 2010 contribuiu para a redução do empreendedorismo por necessidade. Além disso, o empreendedorismo por oportunidade aumenta quando a economia fica estável e quando melhoram os níveis de escolaridade e renda. A Pesquisa GEM 2010 identificou que apenas 16,8% dos empreendedores brasileiros consideram o produto ou serviço que oferecem novo para os consumidores, o que faz do fomento à inovação o principal desafio para que esses empreendedores possam se desenvolver e ampliar seu mercado.
A atitude empreendedora é avaliada pelo GEM por meio dos seguintes indicadores:
Percepção de oportunidades e capacidades. Em que medida as pessoas acreditam que existem boas oportunidades para iniciar negócios e sua capacidade para realizá-los.
Medo do fracasso. O nível do risco que as pessoas estão dispostas a assumir para iniciar um novo negócio.
Percepções sobre a atividade empreendedora e o empreendedor. Como o empreendedor é visto em termos