Empreendedorismo
Hoje serão lançados os resultados sobre o empreendedorismo no Brasil em 2010, fruto da pesquisa global realizada todos os anos pelo GEM (Global Entrepreneurship Monitor) Consortium. Apesar de não contar com importantes países como Índia e México, o relatório anual sobre o Empreendedorismo no Mundo do GEM traz uma série de dados e conceitos interessantes e úteis para quem quer saber mais sobre onde estamos e o que devemos e podemos fazer para melhorar o ambiente do empreendedorismo em nosso país.
Um destes conceitos promovidos pelo GEM é o que diferencia o empreendedorismo de necessidade do empreendedorismo de oportunidade. No primeiro, o empreendedor inicia um negócio porque está desempregado e precisa, de algum jeito, “se virar” para pagar as contas e sobreviver. Já no empreendedorismo de oportunidade, o empreendedor inicia um negócio porque viu uma necessidade não atendida, um nicho de mercado com poucos competidores ou outra boa chance de ganhar dinheiro montando um negócio.
Segundo dados da pesquisa, nas últimas 9 edições o índice do Brasil em empreendedorismo por oportunidade cresceu gradativamente de 8,5%, em 2001 para 9,4%, em 2009 - a maior taxa até então, contra 5,9% da taxa de empreendedorismo por necessidade em 2009, ou seja, para cada 1,6 empreendedor por oportunidade temos um por necessidade.
Se pararmos de ler por aí podemos pensar “Hum! Que ótimo! Estamos mais ricos e nos desenvolvendo!”. Mas se continuarmos na leitura do relatório, vamos ver que, sim, estamos mais ricos, mas também veremos que não estamos nos desenvolvendo tanto assim.
Mesmo sendo o sexto país mais empreendedor quando comparado à outros países de situação econômica semelhante, o Brasil tem a menor proporção (8,2%) de empreendimentos com algum conteúdo inovador entre todos os países analisados e nota-se que os empreendedores brasileiros têm pouca percepção quanto à nichos de mercado, pois 95%