empoderamento

“Eu quero uma abundância total, a multiplicação de tua família. Quero uma cidade, uma república, um rio Mississipi de maçãs. E em suas margens, quero ver toda a população do mundo unida, reunida no ato mais simples de toda a terra: mordendo uma maçã.”
Pablo Neruda

A busca da cidadania: o empoderamento do cidadão por meio da Comunicação

Adriana Barroso de Azevedo
Elizabeth Moraes Gonçalves

Comunicação e cidadania
O término do segundo milênio e o início do século XXI suscitaram nostalgias, balanços nada otimistas e reflexões sobre o fim das utopias ou mesmo da história. Mas será possível deixar de sonhar com um mundo melhor para todas as pessoas?
A explosão científica e tecnológica que se vivencia no início do terceiro milênio e que abre múltiplas e extraordinárias possibilidades para o conhecimento, a construção e o desenvolvimento de um mundo melhor nos impulsiona a acreditar que finais também representam inícios e que pode estar surgindo uma nova sociedade, em que a informação, por intermédio da comunicação, cumprirá uma função estruturante.
É nesse sentido que a comunicação, em seus meios, deve ser percebida, no enfoque adotado neste texto, não do ponto de vista tradicional, nos seus usos políticos e culturais cotidianos, como instrumento para abrir mercados de consumidores e favorecer interesses econômicos e políticos vinculados, direta ou indiretamente, aos donos dos veículos de comunicação; ao contrário, deve-se vê-la como instrumento de luta, de fala dos oprimidos, como ferramenta que capacita os indivíduos para o exercício da cidadania e contribui para a transformação positiva das condições de vida políticas, econômicas e sociais das pessoas.
Na reflexão de Luckesi,

Deve-se definir a cidadania como a possibilidade plena dos diretos e o exercício dos deveres por todos os membros de uma sociedade. Isso implica a realização dos direitos civis (liberdade de pensar, liberdade de