Empoderamento Atores Sociais
Belo Horizonte
2014
O “Empoderamento” é o processo pelo qual as pessoas, as organizações e as comunidades tomam controle de seus próprios assuntos, de sua própria vida. É o processo que permite a essas pessoas tomar consciência da sua habilidade e competência para produzir, criar e gerir seus destinos.
O conceito de empoderamento surgiu com os movimentos de direitos civis nos Estados Unidos nos anos de 1970, por meio da bandeira do poder negro, como forma de auto-valorização da raça e conquista de cidadania plena. Ainda no mesmo ano, o termo começou a ser usado pelo movimento de mulheres.
A capacidade de decidir sobre a própria vida é um dos objetivos de estratégias de empoderamento de pessoas e comunidades, mas o poder consiste também na capacidade de decidir sobre a vida da comunidade – do coletivo, na intervenção em fatos que direcionam, impedem, obrigam ou circunscrevem.
Logo, um processo de empoderamento eficiente deve envolver tanto componentes individuais como coletivos. Só assim é possível desenvolver as capacidades necessárias para que se obtenham reais transformações sociais.
Deste modo, um processo de “empoderamento” eficaz precisa contemplar, pelo menos, quatro níveis:
Cognitivo – a conscientização sobre a realidade e os processos;
Psicológico – ligado ao desenvolvimento de sentimentos de auto-estima e autoconfiança, requisitos para a tomada de decisões;
Econômico – que relaciona a importância da execução de atividades que possam gerar renda que assegure certo grau de independência econômica;
Político – que envolve a habilidade para analisar e mobilizar o meio social para nele produzir mudanças.
Para isso, é necessário que as pessoas e as instituições construam uma auto-imagem positiva, desenvolvam capacidades para pensar criticamente e agir assertivamente, construam espaços e grupos colaborativos, promovam a tomada de decisões de forma horizontal e