Emoções e afetos no trabalho
As teorias organizacionais, durante muito tempo, subjugaram o papel das emoções e dos afetos, considerando-os disfuncionais para o bom desempenho no trabalho. Avanços nos estudos sobre comportamento organizacional, no entanto, revelaram o importante papel das emoções e dos afetos na vida do indivíduo, ao facilitar ou dificultar o desenvolvimento do clima de bem-estar no trabalho e, conseqüentemente, atuar na saúde do trabalhador e de sua organização.
Considerando que grande parte das experiências de um adulto são vivenciadas em ambientes de trabalho, há a necessidade de abordar as características psicossociais dos indivíduos que estão inseridos nas organizações e, especialmente, como elas os afetam.
O equilíbrio entre cognição e emoção também se tornam vitais num ambiente organizacional. O processamento da informação, as expectativas, a tomada de decisão, o pensamento, a resolução de problemas, irão contribuir para que o ambiente organizacional torne-se prazeroso ou estressante, produtivo ou infértil.
As manifestações de afeto discretas no trabalho, a possibilidade de integrar a emoção e a razão para melhor compreender a complexidade do comportamento organizacional e o impacto das condições ambientais de trabalho nas emoções e humor do trabalhador podem fazer parte do cotidiano de um psicólogo organizacional. Ele terá uma grande responsabilidade em zelar por esse equilíbrio emocional das pessoas, sem as quais a organização não poderia ser concebida, como um processo psicossocial em permanente construção.
Referencial Teórico
As emoções e os afetos: delimitações conceituais e perspectivas teóricas
As emoções e os afetos exercem importantes papéis na existência humana. Na pré-história, seus principais papéis eram de sobrevivência, ativando o sistema fisiológico, que tornava o homem predisposto a executar ações específicas em prol da manutenção da vida. Adquiriram, então, a função de comunicação e registro de momentos