Felicidade no trabalho
Segundo Alburquerque e Tróccoli (2004), o campo do bem-estar refere-se ao
Estudo científico da felicidade. Para os pesquisadores do comportamento organizacional, porém, a palavra felicidade costuma ser evitada e em seu lugar são adotados termos menos populares e mais acadêmicos como afeto e bem-estar. Segundo Warr (2007), o uso da palavra felicidade oferece algumas vantagens aos pesquisadores, o termo felicidade levanta elementos filosóficos e conceituais frequentemente excluídos das pesquisas do bem-estar. Em segundo lugar, as pesquisas do bem-estar abordam o fenômeno de strain, relacionado aos afetos negativos, ou á ausência de experiências negativas, o que agrega uma tônica negativa ou neutra ao campo de estudo.
Como consequência das correntes do bem-estar geral, a literatura organizacional tem definido e operacionalizado o bem-estar no trabalho em termos hedônicos ou eudaimônicos. Autores que adotam abordagem hedônica tratam o bem-estar como experiência cumulativa de afetos no trabalho.
Definemo fenômeno em termos das emoções e humores do trabalhador (Daniels, 2000). O bem-estar é mais elevado quanto mais frequentes e intensas forem as emoções positivas e quanto mais elas prevalecerem sobre o afeto negativo do trabalhador.
A abordagem eudemonista do bem-estar enfatiza as experiências de realização pessoal e de expressão dos potenciais individuais (Ryan & Deci, 2001; Waterman, 1993). No campo do bem-estar geral, a proposta de Ryff (1989) tem sido a principal referência teórica. De acordo com a autora, o bem-estar deve ser considerado como o funcionamento positivo do indivíduo e está estruturado em torno de seis dimensões: autoaceitação, relação positiva com os outros, autonomia, controle do ambiente, propósito na vida e crescimento pessoal. Horn, Taris, Schaufeli e Scheurs (2004) baseiam-se na proposta de Ryff (1989) e definem o bem-estar a partir das seguintes variáveis: afeto, exaustão emocional, satisfação no