Trabalho e felicidade
Na vida moderna o trabalho passou a ser sinônimo de realização. Mesmo as pessoas que exercem funções dentro da família (que dá muito trabalho), sentem falta “de trabalhar fora de casa”. Mas por outro lado, o trabalho tem se transformado numa fuga para muitas pessoas que não enfrentam suas vidas, que não querem assumir suas famílias, que não desejam confrontar suas verdadeiras motivações e canalizam toda a sua vida para o trabalho: é como se sua felicidade, seu estado de satisfação com a vida dependesse de seu trabalho.Um fato interessante que ocorre com trabalhadores de todas as áreas é que eles passam muito tempo querendo um trabalho e quando conseguem, logo, logo, começam a ter insatisfação na execução das tarefas que lhe são confiadas.
Na área de educação isto não é diferente: são pilhas de currículos em escolas particulares, são milhares de professores inscritos em concursos públicos; mas toda a satisfação parece ser passageira quando observamos a rotina de muitos educadores em seu ambiente escolar. É contrastante: tanto esforço para se tornar professor e tanta reclamação para fazer atividades como planejar, organizar sua rotina didática, lidar com alunos, conviver com colegas professores e demais educadores. O que aconteceu? As possibilidades são muitas... Vejamos uma situação bastante comum para professores e demais profissionais:
- O profissional coloca toda a sua expectativa de vida naquele emprego: é como se toda a felicidade da vida dependesse daquele trabalho. Sua vida está completamente voltada para este objetivo e conquistar este trabalho parece ser a resolução do seu mau humor, da sua irritação, do seu pessimismo, do seu isolamento, da sua incapacidade de relacionar-se. A frustração ocorre quando consegue este objetivo que era o trabalho e com pouco tempo vem a rotina, percebendo que aquele