Emiliano Zapata e Pancho Villa
Emiliano Zapata era filho de Cleofas Salazar e Gabriel Zapata, um camponês meio índio que treinava cavalos. No México havia uma enorme concentração fundiária que deixava muitos camponeses sem terra. O governo de Porfírio Díaz empreendeu esforços para que o capitalismo mexicano se desenvolvesse, apoiado no capital estrangeiro e em uma política de marginalização popular.
Com grande capacidade de liderança e inconformado com o sistema ditatorial de Pofírio Diaz, Zapata declarou seu desejo de promover a distribuição das terras de latifundiários entre a população carente. Após o manifesto de Emiliano Zapata, o governou mandou prendê-lo. Posto em liberdade, Zapata organizou, sob o lema "Terra e Liberdade", um grupo de indígenas e camponeses, principalmente do sul do país, e passou a realizar ações de guerrilha, ocupando e repartindo as terras.
Uniu-se a Pancho Villa, ex-domador de cavalos, ex-bandido e guerrilheiro, que liderava os camponeses do norte com o objetivo de combater o Exército Federal e os grandes proprietários, conquistando vilas e cidades. O primeiro efeito da revolução mexicana, que se iniciou em 1910 foi a derrubada do governo ditatorial de Díaz e a ascensão de Francisco Madero, com o apoio da pequena burguesia urbana e dos proletários, que ocorreu no ano de 1911.
Emiliano Zapata propôs o plano de Ayala, que além da reforma agrária queria a derrubada do governo de Madero. Porém, quando Vitoriano Huerta assassinou Madero, em 1913, Zapata se recusou a unir-se ao seu governo. Huerta acabou abandonando o país, deixando o poder em 1914 para Venustiano Carranza, líder do movimento constitucionalista.
As medidas adotadas por Carranza levaram à elaboração de uma Constituição em 1917 que, apesar de possuir princípios igualitários, terminou por piorar a situação dos camponeses. A inimizade pessoal entre Pancho Villa e Carranza já era conhecida. Sem chegar a um acordo, Pancho Villa e Zapata declararam-lhe guerra. Em 1917 Carranza