Embriogênese somática
Diante da busca de alternativas e do apelo para o uso de produtos que substituam o petróleo e seus derivados, que são finitos e poluem o ambiente, a produção de energia renovável por meio de biomassa aumentou a partir de 2005. Além de ser um recurso renovável, a produção de biocombustíveis pode tornar o agronegócio mais sustentável. A Lei nº 11097, de 13 de janeiro de 2005, introduz os biocombústíveis na matriz energética brasileira, determinando que a partir de 2013 o uso de B5 (5% de biodiesel e 95% de diesel de petróleo) passará a ser obrigatório em todo o território (BRASIL, 2005). Assim, várias espécies vegetais têm sido estudadas com a finalidade de serem utilizadas na produção de biocombustível, como as seguintes espécies de palmeiras: dendezeiro (Elaeis guineensis), bocaiuva (Acrocomia aculeata Lodd. ex Mart.), tucumã (Astrocaryum aculeatum) e inajá (Maximiliana maripa Drude) (TRZECIAK, 2008; LEITE, 2010). A importância das palmeiras citadas é a adaptação a diferentes sistemas produtivos, alta produção de frutos e alta quantidade de óleo extraído por unidade de área cultivada. Além disso, os co-produtos obtidos com a extração do óleo podem suprir os gastos com o cultivo, como a torta obtida com alto valor protéico e o endocarpo que pode ser utilizado na fabricação de carvão de qualidade (SILVA, 1986). A bocaiuva, o tucumã, o inajá e outras palmeiras em estudo, mostram-se promissoras na produção de óleo, superando a quantidade de óleo produzido por hectare em relação à soja, que é utilizada hoje, e na possibilidade de consorciar o plantio com pastagem para o gado (COSTA E MARCHI, 2008; DURÃES, 2009). A bocaiuva (Acrocomia aculeata Lodd. ex Mart), uma das palmeiras alvo de pesquisas e uma das promissoras na produção de biodiesel, possui ampla distribuição geográfica, sendo encontrada desde o Estado do Rio Grande do Sul até na América do Norte. Ela possui alta produção de frutos e adaptabilidade a regiões semi-áridas, mas